domingo, 31 de agosto de 2014

Abertura de boca (vista lateral)

         Esquema de abertura de boca mostrando parte da musculatura facial, mastigatória, supra e infra-hóidea, sem vasos e nervos.  Observa-se alongamento  do músculo orbicular dos lábios.

sábado, 30 de agosto de 2014

Musculatura extrínseca de língua (desenho anatômico)

Figura A: Abaixamento de porção média e posterior de língua.
Figura B: Propulsão anterior de língua.





































        Nas figuras acima pode-se observar a atividade de músculos diferentes (extrínsecos da língua) e geração de movimentos distintos deste órgão. 
            Na primeira, observa-se a ativação do  músculo  hioglosso que abaixa a língua através da contração associada da musculatura infra-hióidea. A segunda imagem acontece a propulsão da língua através do músculo gênio-hioideo.  
            Tais informações são importantes para raciocinar a função de alguns exercícios fonoaudiológicos que utilizam essa movimentação. Ex:. Técnicas vocais para modificação de frequência fundamental e exercícios para otimização da elevação de laríngea, em casos de disfagia.    


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Jogos e aumento volumêtrico cerebral

             A neuroplasticidade é a capacidade de adaptação cerebral induzida pela experiência, ou pelo treino, que diferente do desenvolvimento neurológico, ocorre em todas as fases da vida em graus diferenciados.  Apesar de seus efeitos serem mais estudados após a ocorrência de lesões no cérebro, ou seja associada a reabilitação, alguns pesquisadores voltaram suas atenções a neuroplasticidade induzida pela habilitação.  
               Um estudo que despertou meu interesse no assunto foi realizado nos Estados Unidos e publicado em 2009 na Nature neuroscience por jan scholz e outros autores, no centro de imagem por ressonância magnética funcional do encéfalo em Oxford. Eles observaram aumento volumêtrico significativo de substância branca no sulco intrapariental (envolvido com habilidades visuoespaciais complexas)de voluntários  submetidos ao treino de malabarismo diário.  
               O interessante deste estudo é que ele foi a primeira evidência concreta de aumento de substância branca induzido pelo treino em cérebros adulto, sendo que mudanças citoarquitetônicas envolvendo a substância cinzenta já haviam sido demonstradas antes.
                Outros estudos com o tema neuroplasticidade estrutural foram desenvolvidos no mundo utilizando outros meios de treinos e os métodos de neuroimagem foram grandes aliados. Em revisão observei que boa parte destas pesquisas foram desenvolvidas em países orientais envolvendo desde jogos de tabuleiro, como o Xadrez  e Baduk (primo oriental do xadrez) a jogos eletrônicos, que são altamente difundidos entre os jovens de todas as sociedades.
           Na maioria deles foi visto que com treinos diários ou semanais não muito extensos, o cérebro aumentou de tamanho em algumas regiões, envolvidas com as habilidades cognitivas presentes no treinamento. Tais dados são relevantes pois a maioria dos estudos investigam a neuroplasticidade funcional do cérebro nessas atividades, ou seja aumento ou diminuição de atividade cortical em regiões específicas com também a melhora de habilidades motoras secundária a experiência. Os autores justificam o aumento de volume de certas áreas principalmente pela ocorrência de gênese de novas sinapses como também aumento da arborização dendrítica.
        Esses resultados fortalecem a importância da reabilitação e habilitação na prática clínica, demonstrando  evidências palpáveis das influências positivas induzidas pelas técnicas e exercícios utilizados na Fonoaudiologia e em outras áreas ligadas a terapia.
Figura A: Jan Scholz.

 Figura B: Cena de novela da TV Globo.

 Links e leituras recomendadas:
http://www.nature.com/neuro/journal/v12/n11/abs/nn.2412.html
http://www.nature.com/neuro/journal/v15/n4/full/nn.3045.html
http://www.nature.com/nature/journal/v427/n6972/full/427311a.html
Principles of neural Science. R. Kandel , Eric/ Mcgraw-hill interamericana


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Método científico na Fonoaudiologia

              A fonoaudiologia tem pouco mais de três décadas de existência legal no Brasil e vem crescendo de forma exponencial no campo da pesquisa científica, esta maturidade tem como base principal a formação acadêmica com componentes curriculares integrados à pesquisa e a dedicação dos profissionais da área com o cuidado a saúde.  
          Apesar desta otimização, que garantiu respeito não apenas no cenário nacional como também no internacional, ainda existe muito a crescer.  
             Neste espaço, estarei compartilhando um pouco dos meus interesses e mesmo dúvidas relacionadas a pesquisas nacionais e internacionais, com objetivo de ampliarmos nossos conhecimentos sobre a metodologia científica, além de um hobbie que tenho que é a representação das funções do sistema estomatognático através de desenhos anatômicos e assuntos que gosto de estudar para fortalecer as teorias que sustentam nossa prática clínica.  Aproveito para convidá-los a discutir assuntos colocados, expor opiniões e tornar este ambiente um grupo de estudos virtual.