quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Alteração de olfato e risco de morte? Existe relação?



     O olfato é um importante sentido para o comportamento humano, considerando isto, sua avaliação vem cada vez mais sendo ressaltada na Fonoaudiologia.   Sabe-se que existe uma relação direta entre esta função e o paladar, o que trás a importância de estudos que forneçam mais informações do impacto da alteração olfatória na qualidade vida.    Observei em pesquisa, que no mundo as pesquisas são concentradas  no campo da avaliação olfatória, em diversos tipos de entidades clínicas desde patológias de vias aéreas superiores, até doenças neurológicas anatomicamente relacionadas com a olfação.
       Recentemente um estudo publicado por especialistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, avaliou o olfato de 3 mil voluntários com idades entre 57 e 84 anos entre os anos de 2005 e 2006, e depois de 5 anos, quando foi ser realizado o reteste, observou-se que 430 dos indivíduos tinham morrido, abrindo a especulação de que o olfato pode ser um meio de predizer a morte.
     Foi visto que 39% dos pacientes diagnósticados com anosmia e 19%, dos com hiposmia, haviam morrido.   Para tentar deixar o estudo com menos viéses, foram adotadas variáveis que podem influir no risco de morte, como, idade, doenças crônicas, sexo, colesterol e outros fatores. No entanto, os resultados ainda formam estatisticamente significativos, quanto a associação entre perda de olfato e risco de morte.
       O estudo foi comandado pelos médicos Jayant Pinto e Martha McClintock, os quais desenvolveram um teste de olfato simples para a pesquisa, foi visto que aqueles pacientes que erraram em todos os cinco cheiros utilizados (couro, rosas, peixe, laranja e hortelã), tiveram uma probabilidade de morrer durante os cinco anos que foi   três vezes maior do que as pessoas que identificaram corretamente todos os cinco.
      Os autores explicam que essa capacidade de premonição tem com base de funcionamento o nervo olfatório, especificamente a ponta do nervo olfativo,  é a única parte do sistema nervoso humano que é continuamente regenerada por células-tronco ao longo da vida.  No entanto, o fornecimento desse tipo de célula é reduzido com o avanço da idade, provocando uma diminuição gradual da capacidade de perceber e diferenciar odores.
        Em resumo, apesar dos indícios encontrados, ainda é cedo para criar conclusões fechadas sobre o assunto, e outras pesquisas futuras poderam esclarecer mais sobre a influência do olfato na morte.


Para mais informações acesse:  

sábado, 18 de outubro de 2014

Novas especialidades da Fonoaudiologia

       O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) reconheceu, através da Resolução Nº 453, na última terça-feira (7), quatro novas especialidades para Fonoaudiologia. A partir de agora, além das sete já existentes (Audiologia, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional, Linguagem, Motricidade Orofacial, Saúde Coletiva e Voz), passam a ser novas especialidades as seguintes áreas: Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia e Neuropsicologia.
     O anúncio oficial da publicação do documento se deu durante o 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que está sendo realizado em Joinville/SC. Ao longo dos últimos meses, o CFFa realizou várias discussões nas Jurisdições espalhadas pelo País. Na Quarta Região, por exemplo, o fórum foi realizado no dia 13 de março, no IDE Cursos, Recife/PE.

Por: Assessoria de Comunicação do CREFONO 4

 Mais informações no site do CREFONO 4: 

http://www.crefono4.org.br/noticias/noticia/738/fonboaudiologia-ganha-quatro-novas-especialidades 

Estudo revela indícios que a curiosidade turbina a memória

         


        Um estudo publicado no dia 02 de outubro de 2014, na  The Cell Press Journal Neuron, mostrou que nossa memória é mais eficaz quando o aprendizado está associado a curiosidade.    Em outras palavras, existem mecanismos no nosso cérebro que facilitam o aprendizado sobre algo, como também influencia no tempo de retenção do conteúdo.
        Na pesquisa os participantes foram expostos a várias perguntas comuns, onde as respostas eram dadas com certo tempo de atraso e durante este intervalo eram mostraram faces de pessoas comuns .   Em seguida foram realizados testes de memória, envolvendo o conteúdo apresentado previamente.  Além disso, durante nos testes os participantes eram avaliados através de ressonância magnética funcional.
         Os resultados mostraram que quando os sujeitos tinham maior curiosidade em saber as respostas das perguntas, a informação era melhor apreendida.   O mais interessante é que quando a curiosidade era despertada no momento das perguntas, a memória para as faces melhorava mesmo sem estas serem necessariamente curiosas, corroborando com a autenticidade de um mecanismo cerebral de otimização do aprendizado.
      Outro achado interessante foi que nas imagens de ressonância magnética, no momento que os participantes indicaram maior curiosidade, a atividade cerebral aumentou em regiões ligadas a recompensa, como também em áreas do hipocampo.  
         Segundo o Dr. Matthias Gruber, da Universidade da Califórnia em Davis, principal autor do estudo, "Tais descobertas potencialmente fornecem implicações de longo alcance  para o público, porque elas revelam insights sobre como uma forma  intrínseca de motivação-curiosidade afeta a memória. estes resultados sugerem maneiras de melhorar a aprendizagem na sala de aula e em outros ambientes".
           Para maiores informações deixo abaixo o título do artigo e o link para acessá-lo.

Título:  How curiosity changes the brain to enhance learning

          

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Minicursos online grátis pelo Hospital Albert Einstein

      


       O Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, está oferecendo minicursos grátis para profissionais de saúde.   Os cursos são destinados a médicos e demais profissionais da área , e o melhor é que é garantido um certificado de participação no final das aulas.    
       Inicialmente, deve-se preencher um formulário simples de cadastro, e criar um usuário para acesso a plataforma dos cursos e aproveitá-los.
    Alguns cursos são bem interessantes para a Fonoaudiologia, no entanto, não espere nada muito específico, pois o intuito das aulas é formar equipes multiprofissionais mais fortes nos conhecimentos teóricos ligados ao âmbito hospitalar.
    São exemplos dos cursos: Aleitamento materno, anatomia da mama; medicações inalatórias; ; biossegurança e muitos outros.
       Abaixo ponho uma imagem de como os cursos são apresentados na página do hospital.

 
cursos na página do Hospital Albert Einstein

         Para saber mais informações sobre os cursos e até mesmo cursá-los, deixo um link que irá redirecioná-lo à página do Hospital Albert Einstein.  Bons estudos.

Link para os cursos (Hospital Albert Einstein):

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Uso do paquímetro na fonoaudiológica

    

    O paquímetro é um instrumento utilizado para medição de pontos opostos, que é muito utilizado nas engenharias.    Na fonoaudiologia, este instrumento é usado como meio de mensuração quantitativa do tamanho e profundidade das estruturais orofaciais, enriquecendo a avaliação pré e pós  tratamento.  Existem paquímetros  de diferentes materiais, além de serem diferenciados em analógicos e digitais.  Estes últimos estão bastante difundidos na Fonoaudiologia, pela praticidade de seu uso.   No entanto, muitos profissionais fazem uso do modelo analógico, como também  alunos de graduação. 
      Para conhecermos melhor a estrutura do paquímetro, a figura 1, mostra informações sobre suas partes.
figura 1

      Existem paquímetros com níveis de acurácia diferenciados, no entanto, a forma de utilização é a mesma, Além disso, em nossa área, utilizamos a mensuração na unidade de medida "milímetros", considerando duas casas decimais após a vírgula.  Considerando isso, o uso do paquímetro obedece as instruções da animação abaixo.   
uso do paquímetro


        Abaixo tem um link do artigo de onde a imagem inicial, de mensuração com o paquímetro em um paciente, foi retirada.  Além disso, tem o endereço do site "Régua online:paquímetro", onde você pode encontrar mais informações sobre a paquimetria.

Links:




terça-feira, 7 de outubro de 2014

Atenção à respiração oral

    
      Apesar do dia de atenção à respiração oral ter sido no 14 de agosto de 2014, a atenção a esta condição clínica, que trás tantos prejuízos estruturais e funcionais no indivíduo, deve ser mantida constantemente.
       Para isto, o Departamento de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia-SBFa, desenvolveu materiais didáticos que podem auxiliar qualquer pessoa na identificação da respiração oral em familiares e amigos.     
       No autoexame, são feitas perguntas sobre o modo respiratório, alterações nas vias aéreas superiores e sintomas da respiração oral.  lembrando que se os sinais forem confirmados, serão necessárias avaliações de outros profissionais,como Alergista, Fonoaudiólogo, Ortodontista e Otorrinolaringologista.
        Abaixo pode-se observar o autoexame de respiração oral, além de uma ficha com sinais de presença deste modo respiratório.  Coloco também o link para fazer download destes documentos no formato PDF, no próprio site da SBFa.  

autoexame

Sinais da respiração oral

      Lembrando que a respiração oral pode acometer as pessoas em qualquer idade, no entanto as repercussões mais sérias ocorrem nas crianças e adolescentes, nos quais ainda esta ocorrendo o desenvolvimento das estruturais crânio-faciais.  Com isso, a atenção à respiração oral é crucial pois ela pode gerar alterações no crescimento dos ossos da face, gerando disfunções dentárias importantes e portanto alterações funcionais que comprometem a alimentação, fala e respiração. 
         Segue abaixo um link para um artigo que explica melhor sobre a respiração oral em crianças .



  

domingo, 5 de outubro de 2014

Conhecendo o Bruxismo e suas repercussões odontológicas e fonoaudiológicas



O termo bruxismo origina-se do grego brychein, que significa ranger de dentes.  No entanto, de acordo com a classificação internacional de desordens do sono, o bruxismo pode ser dividido em duas categoriais, com características distintas.  O bruxismo noturno ou do sono, é caracterizado como uma desordem do movimento mandibular seja com perfil de moagem, ou mesmo com de apertamento dentário, apresentando um caráter involuntário.   Já o bruxismo diurno, é um distúrbio semi-voluntário onde o apertamento dos maxilares é mais evidente.
Além disso, são feitas também considerações acerca das características do bruxismo.  Neste caso pode-se considerar o bruxismo como cêntrico, que é o ato de aperta os dentes, preservando a oclusão cêntrica.  E o bruxismo excêntrico, onde existe a associação com a movimentação mandibular lateral, fugindo assim do estado de oclusão.   Na Fonoaudiologia, o bruxismo clássico, por apertamento, é chamado de briquismo e o excêntrico de apenas bruxismo.

A prevalência em adultos, deste distúrbio, está em 20% e 8% para o bruxismo diurno e noturno, respectivamente. No entanto, comenta-se na literatura que a incidência do bruxismo é subestimada por questões metodológicas dos estudos, e pelo fato de poucos indivíduos tomarem consciência de portar o hábito.   Nas causas para o bruxismo, fatores ligados ao sistema nervoso central e periférico, além de questões psicossociais são ressaltadas.   Alguns estudos também falam sobre fatores genéticos associados.
São fatores de risco para o bruxismo o uso de álcool, fumo, cafeína em excesso, drogas ilícitas, medicamentos a base de anfetamina, antipsicóticos, entre outros.  Além disso, existe associação entre bruxismo e a síndrome da apnéia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), transtornos neurológicos diversos, a exemplo o parkinsonismo.
Os familiares relatam que a sensação sonora do individuo que range os dentes, principalmente durante a noite, é comparável ao atrito entre granito, podendo ver a dimensão do trauma mecânico dentário, ósseo e articular, neste distúrbio.     Os sintomas principais do paciente são hipersensibilidade dentária, dor na musculatura mastigatória e dor de cabeça.  A literatura científica comenta que a mialgia mastigatória ocorre para proteger a musculatura do bruxismo, pois ela fornece um biofeedback negativo, onde o indivíduo diminui a intensidade do ranger e apertamento dentário, evitando lesões mais intensas.


Como achados odontológicos e fonoaudiológicos, sabe-se que o bruxismo é a principal causa do trauma ao periodonto, além de desgaste dentário acentuado.  Em alguns casos o desate é tão intenso que causa exposição da dentina, levando a hipersensibilidade.
A articulação temporomandibular sobre impactos principalmente verticais, o que pode levar a degeneração do disco articular e, portanto alteração na dinâmica mandibular e dor.   A tensão muscular pode levar a um quadro de trismo, que é a dificuldade no movimento de abertura da mandíbula e no exame palpatório observa-se um padrão de hipertrofia muscular acentuado.
As condições fisiológicas de gênese do bruxismo ainda são pouco estudadas, no entanto sabe-se que possivelmente existe a participação da transmissão da dopamina, noradrenalina e serotonina.  Como isso, surgiram duas hipóteses para defragração dos movimentos orofaciais alterados.  A primeira é a hipótese hipodopaminergica e a segunda a hiperdopaminergica, onde deixarei o link para ao artigo que explica os dois pontos de vista.
No tratamento do Bruxismo utiliza-se, estratégias  comportamentais e sintomatológicas ligadas a fonoaudiologia, estratégias odontológicas, farmacológicas e suas combinações, de acordo com o perfil do portador.

Se quiser saber mais sobre o bruxismo e suas alterações, deixarei abaixo os links para os artigos que tirei as informações acima, além da página da Wikipédia que cita o conteúdo. 

Referências: