O termo bruxismo origina-se do grego brychein, que significa ranger de
dentes. No entanto, de acordo com a
classificação internacional de desordens do sono, o bruxismo pode ser dividido
em duas categoriais, com características distintas. O bruxismo noturno ou do
sono, é caracterizado como uma desordem do movimento mandibular seja com perfil
de moagem, ou mesmo com de apertamento dentário, apresentando um caráter involuntário. Já o bruxismo diurno, é um distúrbio
semi-voluntário onde o apertamento dos maxilares é mais evidente.
Além disso, são feitas também
considerações acerca das características do bruxismo. Neste caso pode-se considerar o bruxismo como
cêntrico, que é o ato de aperta os dentes, preservando a oclusão cêntrica. E o bruxismo excêntrico, onde existe a
associação com a movimentação mandibular lateral, fugindo assim do estado de
oclusão. Na Fonoaudiologia, o bruxismo
clássico, por apertamento, é chamado de briquismo e o excêntrico de apenas
bruxismo.
A prevalência em adultos, deste
distúrbio, está em 20% e 8% para o bruxismo diurno e noturno, respectivamente.
No entanto, comenta-se na literatura que a incidência do bruxismo é subestimada
por questões metodológicas dos estudos, e pelo fato de poucos indivíduos
tomarem consciência de portar o hábito.
Nas causas para o bruxismo, fatores ligados ao sistema nervoso central e
periférico, além de questões psicossociais são ressaltadas. Alguns estudos também falam sobre fatores
genéticos associados.
São fatores de risco para o bruxismo o
uso de álcool, fumo, cafeína em excesso, drogas ilícitas, medicamentos a base
de anfetamina, antipsicóticos, entre outros.
Além disso, existe associação entre bruxismo e a síndrome da apnéia e
hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), transtornos neurológicos diversos, a
exemplo o parkinsonismo.
Os familiares relatam que a sensação
sonora do individuo que range os dentes, principalmente durante a noite, é
comparável ao atrito entre granito, podendo ver a dimensão do trauma mecânico
dentário, ósseo e articular, neste distúrbio. Os sintomas principais do paciente são
hipersensibilidade dentária, dor na musculatura mastigatória e dor de
cabeça. A literatura científica comenta
que a mialgia mastigatória ocorre para proteger a musculatura do bruxismo, pois
ela fornece um biofeedback negativo, onde o indivíduo diminui a intensidade do
ranger e apertamento dentário, evitando lesões mais intensas.
Como achados odontológicos e
fonoaudiológicos, sabe-se que o bruxismo é a principal causa do trauma ao
periodonto, além de desgaste dentário acentuado. Em alguns casos o desate é tão intenso que
causa exposição da dentina, levando a hipersensibilidade.
A articulação temporomandibular sobre
impactos principalmente verticais, o que pode levar a degeneração do disco
articular e, portanto alteração na dinâmica mandibular e dor. A tensão muscular pode levar a um quadro de
trismo, que é a dificuldade no movimento de abertura da mandíbula e no exame
palpatório observa-se um padrão de hipertrofia muscular acentuado.
As condições fisiológicas de gênese
do bruxismo ainda são pouco estudadas, no entanto sabe-se que possivelmente
existe a participação da transmissão da dopamina, noradrenalina e
serotonina. Como isso, surgiram duas
hipóteses para defragração dos movimentos orofaciais alterados. A primeira é a hipótese hipodopaminergica e a
segunda a hiperdopaminergica, onde deixarei o link para ao artigo que explica
os dois pontos de vista.
No tratamento do Bruxismo utiliza-se, estratégias comportamentais e sintomatológicas ligadas a fonoaudiologia, estratégias odontológicas, farmacológicas e suas combinações, de acordo com o perfil do portador.
Se quiser saber mais sobre o bruxismo
e suas alterações, deixarei abaixo os links para os artigos que tirei as
informações acima, além da página da Wikipédia que cita o conteúdo.
Referências:
Nenhum comentário:
Postar um comentário