quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Alteração de olfato e risco de morte? Existe relação?



     O olfato é um importante sentido para o comportamento humano, considerando isto, sua avaliação vem cada vez mais sendo ressaltada na Fonoaudiologia.   Sabe-se que existe uma relação direta entre esta função e o paladar, o que trás a importância de estudos que forneçam mais informações do impacto da alteração olfatória na qualidade vida.    Observei em pesquisa, que no mundo as pesquisas são concentradas  no campo da avaliação olfatória, em diversos tipos de entidades clínicas desde patológias de vias aéreas superiores, até doenças neurológicas anatomicamente relacionadas com a olfação.
       Recentemente um estudo publicado por especialistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, avaliou o olfato de 3 mil voluntários com idades entre 57 e 84 anos entre os anos de 2005 e 2006, e depois de 5 anos, quando foi ser realizado o reteste, observou-se que 430 dos indivíduos tinham morrido, abrindo a especulação de que o olfato pode ser um meio de predizer a morte.
     Foi visto que 39% dos pacientes diagnósticados com anosmia e 19%, dos com hiposmia, haviam morrido.   Para tentar deixar o estudo com menos viéses, foram adotadas variáveis que podem influir no risco de morte, como, idade, doenças crônicas, sexo, colesterol e outros fatores. No entanto, os resultados ainda formam estatisticamente significativos, quanto a associação entre perda de olfato e risco de morte.
       O estudo foi comandado pelos médicos Jayant Pinto e Martha McClintock, os quais desenvolveram um teste de olfato simples para a pesquisa, foi visto que aqueles pacientes que erraram em todos os cinco cheiros utilizados (couro, rosas, peixe, laranja e hortelã), tiveram uma probabilidade de morrer durante os cinco anos que foi   três vezes maior do que as pessoas que identificaram corretamente todos os cinco.
      Os autores explicam que essa capacidade de premonição tem com base de funcionamento o nervo olfatório, especificamente a ponta do nervo olfativo,  é a única parte do sistema nervoso humano que é continuamente regenerada por células-tronco ao longo da vida.  No entanto, o fornecimento desse tipo de célula é reduzido com o avanço da idade, provocando uma diminuição gradual da capacidade de perceber e diferenciar odores.
        Em resumo, apesar dos indícios encontrados, ainda é cedo para criar conclusões fechadas sobre o assunto, e outras pesquisas futuras poderam esclarecer mais sobre a influência do olfato na morte.


Para mais informações acesse:  

sábado, 18 de outubro de 2014

Novas especialidades da Fonoaudiologia

       O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) reconheceu, através da Resolução Nº 453, na última terça-feira (7), quatro novas especialidades para Fonoaudiologia. A partir de agora, além das sete já existentes (Audiologia, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional, Linguagem, Motricidade Orofacial, Saúde Coletiva e Voz), passam a ser novas especialidades as seguintes áreas: Fonoaudiologia Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho, Gerontologia e Neuropsicologia.
     O anúncio oficial da publicação do documento se deu durante o 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que está sendo realizado em Joinville/SC. Ao longo dos últimos meses, o CFFa realizou várias discussões nas Jurisdições espalhadas pelo País. Na Quarta Região, por exemplo, o fórum foi realizado no dia 13 de março, no IDE Cursos, Recife/PE.

Por: Assessoria de Comunicação do CREFONO 4

 Mais informações no site do CREFONO 4: 

http://www.crefono4.org.br/noticias/noticia/738/fonboaudiologia-ganha-quatro-novas-especialidades 

Estudo revela indícios que a curiosidade turbina a memória

         


        Um estudo publicado no dia 02 de outubro de 2014, na  The Cell Press Journal Neuron, mostrou que nossa memória é mais eficaz quando o aprendizado está associado a curiosidade.    Em outras palavras, existem mecanismos no nosso cérebro que facilitam o aprendizado sobre algo, como também influencia no tempo de retenção do conteúdo.
        Na pesquisa os participantes foram expostos a várias perguntas comuns, onde as respostas eram dadas com certo tempo de atraso e durante este intervalo eram mostraram faces de pessoas comuns .   Em seguida foram realizados testes de memória, envolvendo o conteúdo apresentado previamente.  Além disso, durante nos testes os participantes eram avaliados através de ressonância magnética funcional.
         Os resultados mostraram que quando os sujeitos tinham maior curiosidade em saber as respostas das perguntas, a informação era melhor apreendida.   O mais interessante é que quando a curiosidade era despertada no momento das perguntas, a memória para as faces melhorava mesmo sem estas serem necessariamente curiosas, corroborando com a autenticidade de um mecanismo cerebral de otimização do aprendizado.
      Outro achado interessante foi que nas imagens de ressonância magnética, no momento que os participantes indicaram maior curiosidade, a atividade cerebral aumentou em regiões ligadas a recompensa, como também em áreas do hipocampo.  
         Segundo o Dr. Matthias Gruber, da Universidade da Califórnia em Davis, principal autor do estudo, "Tais descobertas potencialmente fornecem implicações de longo alcance  para o público, porque elas revelam insights sobre como uma forma  intrínseca de motivação-curiosidade afeta a memória. estes resultados sugerem maneiras de melhorar a aprendizagem na sala de aula e em outros ambientes".
           Para maiores informações deixo abaixo o título do artigo e o link para acessá-lo.

Título:  How curiosity changes the brain to enhance learning

          

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Minicursos online grátis pelo Hospital Albert Einstein

      


       O Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, está oferecendo minicursos grátis para profissionais de saúde.   Os cursos são destinados a médicos e demais profissionais da área , e o melhor é que é garantido um certificado de participação no final das aulas.    
       Inicialmente, deve-se preencher um formulário simples de cadastro, e criar um usuário para acesso a plataforma dos cursos e aproveitá-los.
    Alguns cursos são bem interessantes para a Fonoaudiologia, no entanto, não espere nada muito específico, pois o intuito das aulas é formar equipes multiprofissionais mais fortes nos conhecimentos teóricos ligados ao âmbito hospitalar.
    São exemplos dos cursos: Aleitamento materno, anatomia da mama; medicações inalatórias; ; biossegurança e muitos outros.
       Abaixo ponho uma imagem de como os cursos são apresentados na página do hospital.

 
cursos na página do Hospital Albert Einstein

         Para saber mais informações sobre os cursos e até mesmo cursá-los, deixo um link que irá redirecioná-lo à página do Hospital Albert Einstein.  Bons estudos.

Link para os cursos (Hospital Albert Einstein):

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Uso do paquímetro na fonoaudiológica

    

    O paquímetro é um instrumento utilizado para medição de pontos opostos, que é muito utilizado nas engenharias.    Na fonoaudiologia, este instrumento é usado como meio de mensuração quantitativa do tamanho e profundidade das estruturais orofaciais, enriquecendo a avaliação pré e pós  tratamento.  Existem paquímetros  de diferentes materiais, além de serem diferenciados em analógicos e digitais.  Estes últimos estão bastante difundidos na Fonoaudiologia, pela praticidade de seu uso.   No entanto, muitos profissionais fazem uso do modelo analógico, como também  alunos de graduação. 
      Para conhecermos melhor a estrutura do paquímetro, a figura 1, mostra informações sobre suas partes.
figura 1

      Existem paquímetros com níveis de acurácia diferenciados, no entanto, a forma de utilização é a mesma, Além disso, em nossa área, utilizamos a mensuração na unidade de medida "milímetros", considerando duas casas decimais após a vírgula.  Considerando isso, o uso do paquímetro obedece as instruções da animação abaixo.   
uso do paquímetro


        Abaixo tem um link do artigo de onde a imagem inicial, de mensuração com o paquímetro em um paciente, foi retirada.  Além disso, tem o endereço do site "Régua online:paquímetro", onde você pode encontrar mais informações sobre a paquimetria.

Links:




terça-feira, 7 de outubro de 2014

Atenção à respiração oral

    
      Apesar do dia de atenção à respiração oral ter sido no 14 de agosto de 2014, a atenção a esta condição clínica, que trás tantos prejuízos estruturais e funcionais no indivíduo, deve ser mantida constantemente.
       Para isto, o Departamento de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia-SBFa, desenvolveu materiais didáticos que podem auxiliar qualquer pessoa na identificação da respiração oral em familiares e amigos.     
       No autoexame, são feitas perguntas sobre o modo respiratório, alterações nas vias aéreas superiores e sintomas da respiração oral.  lembrando que se os sinais forem confirmados, serão necessárias avaliações de outros profissionais,como Alergista, Fonoaudiólogo, Ortodontista e Otorrinolaringologista.
        Abaixo pode-se observar o autoexame de respiração oral, além de uma ficha com sinais de presença deste modo respiratório.  Coloco também o link para fazer download destes documentos no formato PDF, no próprio site da SBFa.  

autoexame

Sinais da respiração oral

      Lembrando que a respiração oral pode acometer as pessoas em qualquer idade, no entanto as repercussões mais sérias ocorrem nas crianças e adolescentes, nos quais ainda esta ocorrendo o desenvolvimento das estruturais crânio-faciais.  Com isso, a atenção à respiração oral é crucial pois ela pode gerar alterações no crescimento dos ossos da face, gerando disfunções dentárias importantes e portanto alterações funcionais que comprometem a alimentação, fala e respiração. 
         Segue abaixo um link para um artigo que explica melhor sobre a respiração oral em crianças .



  

domingo, 5 de outubro de 2014

Conhecendo o Bruxismo e suas repercussões odontológicas e fonoaudiológicas



O termo bruxismo origina-se do grego brychein, que significa ranger de dentes.  No entanto, de acordo com a classificação internacional de desordens do sono, o bruxismo pode ser dividido em duas categoriais, com características distintas.  O bruxismo noturno ou do sono, é caracterizado como uma desordem do movimento mandibular seja com perfil de moagem, ou mesmo com de apertamento dentário, apresentando um caráter involuntário.   Já o bruxismo diurno, é um distúrbio semi-voluntário onde o apertamento dos maxilares é mais evidente.
Além disso, são feitas também considerações acerca das características do bruxismo.  Neste caso pode-se considerar o bruxismo como cêntrico, que é o ato de aperta os dentes, preservando a oclusão cêntrica.  E o bruxismo excêntrico, onde existe a associação com a movimentação mandibular lateral, fugindo assim do estado de oclusão.   Na Fonoaudiologia, o bruxismo clássico, por apertamento, é chamado de briquismo e o excêntrico de apenas bruxismo.

A prevalência em adultos, deste distúrbio, está em 20% e 8% para o bruxismo diurno e noturno, respectivamente. No entanto, comenta-se na literatura que a incidência do bruxismo é subestimada por questões metodológicas dos estudos, e pelo fato de poucos indivíduos tomarem consciência de portar o hábito.   Nas causas para o bruxismo, fatores ligados ao sistema nervoso central e periférico, além de questões psicossociais são ressaltadas.   Alguns estudos também falam sobre fatores genéticos associados.
São fatores de risco para o bruxismo o uso de álcool, fumo, cafeína em excesso, drogas ilícitas, medicamentos a base de anfetamina, antipsicóticos, entre outros.  Além disso, existe associação entre bruxismo e a síndrome da apnéia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), transtornos neurológicos diversos, a exemplo o parkinsonismo.
Os familiares relatam que a sensação sonora do individuo que range os dentes, principalmente durante a noite, é comparável ao atrito entre granito, podendo ver a dimensão do trauma mecânico dentário, ósseo e articular, neste distúrbio.     Os sintomas principais do paciente são hipersensibilidade dentária, dor na musculatura mastigatória e dor de cabeça.  A literatura científica comenta que a mialgia mastigatória ocorre para proteger a musculatura do bruxismo, pois ela fornece um biofeedback negativo, onde o indivíduo diminui a intensidade do ranger e apertamento dentário, evitando lesões mais intensas.


Como achados odontológicos e fonoaudiológicos, sabe-se que o bruxismo é a principal causa do trauma ao periodonto, além de desgaste dentário acentuado.  Em alguns casos o desate é tão intenso que causa exposição da dentina, levando a hipersensibilidade.
A articulação temporomandibular sobre impactos principalmente verticais, o que pode levar a degeneração do disco articular e, portanto alteração na dinâmica mandibular e dor.   A tensão muscular pode levar a um quadro de trismo, que é a dificuldade no movimento de abertura da mandíbula e no exame palpatório observa-se um padrão de hipertrofia muscular acentuado.
As condições fisiológicas de gênese do bruxismo ainda são pouco estudadas, no entanto sabe-se que possivelmente existe a participação da transmissão da dopamina, noradrenalina e serotonina.  Como isso, surgiram duas hipóteses para defragração dos movimentos orofaciais alterados.  A primeira é a hipótese hipodopaminergica e a segunda a hiperdopaminergica, onde deixarei o link para ao artigo que explica os dois pontos de vista.
No tratamento do Bruxismo utiliza-se, estratégias  comportamentais e sintomatológicas ligadas a fonoaudiologia, estratégias odontológicas, farmacológicas e suas combinações, de acordo com o perfil do portador.

Se quiser saber mais sobre o bruxismo e suas alterações, deixarei abaixo os links para os artigos que tirei as informações acima, além da página da Wikipédia que cita o conteúdo. 

Referências: 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Atlas interativo Netter para aquecer os estudos (download)




      Para aqueles que não tem um atlas de anatomia e sabem da importância deste para um  maior conhecimento sobre o corpo humano, e portanto maior compreensão das alterações presentes neste, existe a versão interativa do renomado atlas de anatomia de Frank H. Netter.
      Neste software, existe várias imagens originais do atlas, que são divididas em sistemas e regiões corporais.   Ainda existe a possibilidade de gerar testes, para potencializar os conhecimentos e avaliar o que foi aprendido.   O melhor é que as imagens estão em alta resolução e são bem maiores que no atlas original, deixando o estudo ainda mais realista.
      Estou deixando um link para download do atlas logo abaixo.  Ao baixar o software será possível observar que ele esta no formato ISO ou imagem de CD virtual, não havendo possibilidade de execução normal no windows.   Para solucionar o problema deve-se baixar um programa de leitura deste formato, como o DAEMON Tools Lite, que está disponível para download junto com o link do atlas.    Apos instalar o Daemon, é só montar o arquivo ISO e experimentar o atlas.
      Deixo também um vídeo, em que mostra o passo-a-passo de como fazer os procedimentos acima. Bons estudos.

Interface do software


Link atlas interativo netter: http://bitshare.com/files/6ngqb4q3/netter_interativo.rar.html
Link Daemon tools lite: http://freakshare.com/files/rn1w3o8x/DTLite4413-0173.exe.html



domingo, 28 de setembro de 2014

Importância do autoexame para prevenção do câncer de boca.

        

       O câncer de boca é uma patologia que acomete tanto região de lábios, como da cavidade oral.   Possui uma alta incidência mundial e estima-se mais de 14 mil novos casos em 2014, no Brasil.   
        Os fatores de risco principais para esse tipo de câncer são, ter idade acima de 40 anos, vício em fumar cachimbos  e cigarros, bebida alcoólicas, exposição excessiva ao sol, que são potencializados se houver casos na família.
         Segundo pesquisas, a melhora do prognóstico em pacientes acometidos por essa doença esta diretamente relacionada a rapidez com que é feito o diagnóstico, evitando assim uma maior extensão das sequelas no sistema sensório motor oral.
         Uma forma simples e rápida para investigar a possível ocorrência do câncer de boca é o exame das estruturas da cavidade oral, que é realizado por profissionais de saúde.  No entanto, este pode ser feito por todas as pessoas na forma de autoexame, com intuito de potencializar a prevenção. 
         Segundo o setor de estomatologia da UNIFESP, este consiste em inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Para facilitar a memorização das estruturas da boca a serem examinadas no autoexame bucal, foi criada a sigla:  BLLAP (Bochecha, Lábios, Língua, Assoalho bucal e Palato).   Que sugere as estruturas a serem observadas.
         Deve-se observar alterações da coloração dos lábios, assim como seu aspecto, feridas que não cicatrizam na mucosa da cavidade oral, inchaços, caroços e lesões com ou sem dor.
         Abaixo, pode-se observar um vídeo informativo produzido pela UNIFESP, que mostra os passos da realização do autoexame.

BLLAP (Bochecha, Lábios, Língua, Assoalho bucal e Palato)
 
 

Referências: 


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CFFa publica nota sobre atuação da Fonoaudiologia na reabilitação vestibular.










       Após ir ao ar no dia 17 de setembro de 2014 , com o tema reabilitação vestibular, o programa Bem Estar da TV Globo causou desconforto em fonoaudiólogos de todo o país ao citar que tal atuação era competência da Fisioterapia, forçando o Conselho Federal de Fonoaudiologia publicar uma nota de esclarecimento sobre o fato.  Segue o texto na íntegra abaixo.





Esclarecimentos sobre a atuação da Fonoaudiologia e a Reabilitação Vestibular

Reafirmamos a importância dos meios de comunicação e a necessidade de programas que informem a população sobre temas relacionados à saúde de modo geral. Entretanto, após veiculação no programa ‘Bem Estar’, de 17/09/2014, da matéria ‘Exercícios simples podem melhorar o equilíbrio’, em que mostra a atuação da fisioterapia no auxílio ao tratamento de labirintite, o Conselho Federal de Fonoaudiologia recebeu de pedidos de posicionamento e esclarecimento sobre a atuação do Fonoaudiólogo na Reabilitação Vestibular.
Diante das solicitação, vimos a público esclarecer que:
A Reabilitação Vestibular é um método de tratamento indicado para indivíduos com distúrbios do equilíbrio. Ela baseia-se em exercícios físicos específicos que visam ativar os mecanismos de plasticidade neural do Sistema Nervoso Central, buscando acelerar a compensação vestibular.
De acordo com a legislação do Conselho Federal de Fonoaudiologia tanto o diagnóstico, quanto a terapia de disfunções vestibulares, são áreas de competência do fonoaudiólogo.  Dentre os documentos, destacamos: “Exercício Profissional do Fonoaudiólogo”, (2002);“Classificação Brasileira de Procedimentos em Fonoaudiologia”,  (2010); e a Resolução de 2010 que “Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para realizar avaliação vestibular e terapia fonoaudiológica em equilíbrio/reabilitação vestibular.
Entretanto, é importante ressaltar que a Reabilitação Vestibular, não é uma área de atuação exclusiva do fonoaudiólogo. Desde sua primeira descrição, em 1944 pelo médico Cawthorne, essa técnica vem sendo aplicada mundialmente por diversos profissionais, dentre eles médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.
Desde 2014 o CFFa buscou contato com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), para organização de um Grupo de Trabalho sobre Reabilitação Vestibular. O GT foi criado com especialistas de cada profissão para discussão de assuntos relacionados à atuação no Brasil. Desde então esse GT tem trabalhado, principalmente, para discutir o exercício profissional deste método, que é utilizado pelas diferentes profissões.
No Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia de 2013, a representante do CFFa nesse GT, a fonoaudióloga Renata Jacques Batista (CRFa 6 -2200) proferiu palestra com o tema: “Os dilemas da interface entre Fonoaudiologia e outras profissões – reabilitação vestibular”, em que foi ressaltada a atuação legal de ambas as profissões nessa área.
 Na próxima edição do Congresso, que acontece de 08 a 11 de outubro, em Joinville – SC, outra mesa de debates volta a discutir o assunto, dessa vez com a participação do fisioterapeuta André Luis dos Santos Silva (Crefito – 2 18858 – F), representante do Coffito no GT, em que cada profissional fundamentará suas competências e habilidades gerais para atuação com Reabilitação Vestibular.
Informamos ainda que o Conselho Federal de Fonoaudiologia entrou em contato com a direção do programa Bem Estar para esclarecer as competências do Fonoaudiólogo quanto ao Zumbido,  Reabilitação Vestibular, Voz, além de propor outras pautas.

 A Diretoria

PRAAT: Uma opção econômica na análise acústica da voz.

    




   Muitos quando saem da graduação, sentem dificuldades na utilização de softwares para analisar acusticamente a voz dos pacientes.  Tal dificuldade esta relacionada diretamente ao preço dos programas convencionais o que faz como que alguns profissionais procurem os softwares de licença gratuita.
         Um deles é o PRAAT, que foi desenvolvido por Paul Boerma y David Weenink, do Institute of Phonetic Sciences, university de Amsterdam.   
        Apesar de apresentar um interface pouco amigável e um pouco difícil de manuseio, o PRAAT apresenta algumas funções de análise de voz bem interessantes, como: Análise espectográfica, dados sobre pitch, intensidade, formantes, jitter e shimmer, além de informações numéricas mais detalhadas sobre estas variáveis.
        A partir deste software puder fazer uma análise simples e demonstrativa, utilizando a vogal /a/ sustentada, em emissão natural.   Na figura 1, é possível observar a tela de análise inicial do PRAAT, já com o som selecionado.  Nesta é possível ver a configuração do traçado sonoro acima e abaixo um espectograma com duas linhas coloridas.  A linha azul, refere-se a frequência média registrada (123,4 HZ) e a amarela a intensidade média da emissão (73,15 dB).  Nas linhas abaixo observa-se a duração total da emissão (8,94 segundos).  Na figura 2, é mostrado um relatório mais detalhado sobre a emissão, onde existem dados relacionados a média, mediana, moda e desvio padrão da frequência.
              Na figura 3 observa-se um relatório diferente relacionado a dados do jitter da emissão, relacionado a irregularidades da frequência.
             Além de uso em som sustentadas o PRAAT pode ser bastante útil também na análise de registros de fala, sendo um recurso complementar não só na avaliação, mas também na terapêutica de alterações na voz e na fala.
              O PRAAT pode ser baixado no site http://www.praat.org , e um tutorial para facilitar seu uso, está disponível para download no seguinte link: http://www.usp.br/gmhp/soft/praat.pdf  .

Figura 1
Figura 2
Figura 3


          

domingo, 31 de agosto de 2014

Abertura de boca (vista lateral)

         Esquema de abertura de boca mostrando parte da musculatura facial, mastigatória, supra e infra-hóidea, sem vasos e nervos.  Observa-se alongamento  do músculo orbicular dos lábios.

sábado, 30 de agosto de 2014

Musculatura extrínseca de língua (desenho anatômico)

Figura A: Abaixamento de porção média e posterior de língua.
Figura B: Propulsão anterior de língua.





































        Nas figuras acima pode-se observar a atividade de músculos diferentes (extrínsecos da língua) e geração de movimentos distintos deste órgão. 
            Na primeira, observa-se a ativação do  músculo  hioglosso que abaixa a língua através da contração associada da musculatura infra-hióidea. A segunda imagem acontece a propulsão da língua através do músculo gênio-hioideo.  
            Tais informações são importantes para raciocinar a função de alguns exercícios fonoaudiológicos que utilizam essa movimentação. Ex:. Técnicas vocais para modificação de frequência fundamental e exercícios para otimização da elevação de laríngea, em casos de disfagia.    


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Jogos e aumento volumêtrico cerebral

             A neuroplasticidade é a capacidade de adaptação cerebral induzida pela experiência, ou pelo treino, que diferente do desenvolvimento neurológico, ocorre em todas as fases da vida em graus diferenciados.  Apesar de seus efeitos serem mais estudados após a ocorrência de lesões no cérebro, ou seja associada a reabilitação, alguns pesquisadores voltaram suas atenções a neuroplasticidade induzida pela habilitação.  
               Um estudo que despertou meu interesse no assunto foi realizado nos Estados Unidos e publicado em 2009 na Nature neuroscience por jan scholz e outros autores, no centro de imagem por ressonância magnética funcional do encéfalo em Oxford. Eles observaram aumento volumêtrico significativo de substância branca no sulco intrapariental (envolvido com habilidades visuoespaciais complexas)de voluntários  submetidos ao treino de malabarismo diário.  
               O interessante deste estudo é que ele foi a primeira evidência concreta de aumento de substância branca induzido pelo treino em cérebros adulto, sendo que mudanças citoarquitetônicas envolvendo a substância cinzenta já haviam sido demonstradas antes.
                Outros estudos com o tema neuroplasticidade estrutural foram desenvolvidos no mundo utilizando outros meios de treinos e os métodos de neuroimagem foram grandes aliados. Em revisão observei que boa parte destas pesquisas foram desenvolvidas em países orientais envolvendo desde jogos de tabuleiro, como o Xadrez  e Baduk (primo oriental do xadrez) a jogos eletrônicos, que são altamente difundidos entre os jovens de todas as sociedades.
           Na maioria deles foi visto que com treinos diários ou semanais não muito extensos, o cérebro aumentou de tamanho em algumas regiões, envolvidas com as habilidades cognitivas presentes no treinamento. Tais dados são relevantes pois a maioria dos estudos investigam a neuroplasticidade funcional do cérebro nessas atividades, ou seja aumento ou diminuição de atividade cortical em regiões específicas com também a melhora de habilidades motoras secundária a experiência. Os autores justificam o aumento de volume de certas áreas principalmente pela ocorrência de gênese de novas sinapses como também aumento da arborização dendrítica.
        Esses resultados fortalecem a importância da reabilitação e habilitação na prática clínica, demonstrando  evidências palpáveis das influências positivas induzidas pelas técnicas e exercícios utilizados na Fonoaudiologia e em outras áreas ligadas a terapia.
Figura A: Jan Scholz.

 Figura B: Cena de novela da TV Globo.

 Links e leituras recomendadas:
http://www.nature.com/neuro/journal/v12/n11/abs/nn.2412.html
http://www.nature.com/neuro/journal/v15/n4/full/nn.3045.html
http://www.nature.com/nature/journal/v427/n6972/full/427311a.html
Principles of neural Science. R. Kandel , Eric/ Mcgraw-hill interamericana


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Método científico na Fonoaudiologia

              A fonoaudiologia tem pouco mais de três décadas de existência legal no Brasil e vem crescendo de forma exponencial no campo da pesquisa científica, esta maturidade tem como base principal a formação acadêmica com componentes curriculares integrados à pesquisa e a dedicação dos profissionais da área com o cuidado a saúde.  
          Apesar desta otimização, que garantiu respeito não apenas no cenário nacional como também no internacional, ainda existe muito a crescer.  
             Neste espaço, estarei compartilhando um pouco dos meus interesses e mesmo dúvidas relacionadas a pesquisas nacionais e internacionais, com objetivo de ampliarmos nossos conhecimentos sobre a metodologia científica, além de um hobbie que tenho que é a representação das funções do sistema estomatognático através de desenhos anatômicos e assuntos que gosto de estudar para fortalecer as teorias que sustentam nossa prática clínica.  Aproveito para convidá-los a discutir assuntos colocados, expor opiniões e tornar este ambiente um grupo de estudos virtual.